Por Francinete Silva, do Jornal da Paraíba
O Estado da Paraíba será contemplado, em nível de Norte/Nordeste, já a partir de novembro próximo, com um Centro de Cirurgia e Tratamento de Epilepsia, o 10º do País. O serviço funcionará através do Sistema Único de Saúde (SUS) e será instalado no Hospital Santa Isabel, em João Pessoa.
A informação é do presidente da Associação dos Portadores e da Federação Brasileira de Epilepsia, João Hércules Bezerra Gomes.
Ele esteve ontem em Campina Grande participando de uma mobilização na Praça da Bandeira. A atividade foi alusiva ao Dia Nacional e Latino-Americano de Epilepsia. O Centro de Referência de Cirurgia e Tratamento da Epilepsia do Brasil e América do Sul é instalado no Instituto Neurológico de Goiânia (GO).
Conforme João Hércules, na Paraíba existe um grande interesse dos gestores públicos em apoiar o serviço para os portadores da epilepsia, que no Estado da Paraíba somam 38.200 pessoas, segundo censo realizado pela Associação dos Portadores de Epilepsia.
A Paraíba foi o primeiro Estado a fazer o censo de epilépticos. Os dados levantados nos 223 municípios mostram 38.200 portadores de epilepsia, o que representa 1,06% da população paraibana, segundo explica João Hércules.
Como ainda existe um grande preconceito, o presidente da Associação dos Portadores de Epilepsia e da Federação Brasileira acredita que o número de portadores da epilepsia na Paraíba chega a 50 mil. O maior índice (algo em torno de 14 mil) de pessoas portadoras da epilepsia está em João Pessoa. Campina Grande ocupa o segundo lugar no ranking, com cerca de nove mil portadores de epilepsia.
Cerca de 70% das crises de epilepsia, conforme João Hércules, são controladas por medicamentos e as outras 30% (epilepsia refratária) são encaminhadas a um estudo, em um centro cirúrgico, onde o paciente é avaliado para saber se o mesmo é ou não candidato a cirurgia de epilepsia.
A margem de cura através da cirurgia é de 99%. O restante (1%) consegue apenas diminuir as crises, garante Hércules.
O presidente da Associação dos Portadores de Epilepsia da Paraíba disse que um paciente residente em Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba, apresentava, por ano, 620 crises de epilepsia e depois que foi submetido a cirurgia este número foi reduzido a uma crise por ano. “Hoje podemos dizer que a cirurgia de epilepsia assegura a cura total do paciente”, destacou Hércules, que sofreu da epilepsia durante 30 anos e há nove foi submetido a cirurgia.
Ontem, acadêmicos de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) estiveram na Praça da Bandeira, distribuindo panfletos e orientando a população de como reagir diante das crises. Programação alusiva ao Dia Nacional e Latino-Americano de Epilepsia foi iniciada em Cajazeiras nos últimos dias 4 e 5, um congresso.
Cajazeiras, lembra João Hércules, deverá ser a segunda cidade na Paraíba a sediar o Centro Cirúrgico de Epilepsia, tendo em vista reunir todas as condições técnicas, já que sedia uma faculdade de medicina da região.
Fonte: PortaPatos
Olá, Moro aqui em Natal Rn,tenho dois filhos com epilepsia refrataria.Um faz quarenta anos, que tem toda semana, e o outro começou há 15 anos, e tem a cada 15 dias. Fiquei muito feliz em saber que vão realizar essa cirurgia em joaõ pessoa. Como farei para realizar esse sonho de um deles? Aí atende pelo SUS?
Comentário por Rosa medeiros — 03/11/2009 @ 16:28 |